RESTAURAÇÃO DA ESCULTURA DE ZÉ PILINTRA DE 1,70MT
ESTA ESCULTURA TEM 60 ANOS COMO NAS FOTOS ABAIXO PODE-SE VER O ANTES E DEPOIS.
Seu Zé torna-se famoso primeiramente no Nordeste seja como freqüentador
dos catimbós ou já como entidade dessa religião. O Catimbó está inserido
no quadro das religiões populares do Norte e Nordeste e traz consigo a
relação com a pajelança indígena e os candomblés de caboclo muito
difundidos na Bahia.
Conta-se que ainda jovem era um caboclo violento
que brigava por qualquer coisa mesmo sem ter razão. Sua fama de
“erveiro” vem também do Nordeste. Seria capaz de receitar chás
medicinais para a cura de qualquer male, benzer e quebrar feitiços dos
seus consulentes.
Já no Nordeste a figura de Zé Pelintra é
identificada também pela sua preocupação com a elegância. No Catimbó,
usa chapéu de palha e um lenço vermelho no pescoço. Fuma cachimbo, ao
invés do charuto ou cigarro, como viria a ser na Umbanda, e gosta de
trabalhar com os pés descalços no chão.
De acordo com Ligiéro (2004),
Seu Zé migra para o Rio de janeiro onde se torna nas primeiras três
décadas do século XX um famoso malandro na zona boêmia carioca, a região
da Lapa, Estácio, Gamboa e zona portuária.
Segundo relatos históricos Seu Zé era grande jogador, amante das prostitutas e inveterado boêmio.
Quanto
a sua morte, autores descordam sobre como esta teria acontecido.
Afirma-se que ele poderia ter sido assassinado por uma mulher, um antigo
desafeto, ou por outro malandro igualmente perigoso. Porém, o consenso
entre todas essas hipóteses é de que fora atacado pelas costas, uma vez
que pela frente, afirmam, o homem era imbatível.
Para Zé Pelintra a
morte representou um momento de transição e de continuidade”, afirma
Ligiéro, e passa a ser assim, incorporado à Umbanda e ao Catimbó como
entidade “baixando” em médiuns em cidades e Paises diversos que nem
mesmo teriam sido visitadas pelo malandro em vida como Porto Alegre ou
Nova York, Japão ou Portugal, por exemplo.
Todo esse relato em última
instância não tem comprovação histórica garantida e o importante para
nós nesse momento é o mito contado a respeito dessa figura.Seu Zé é a
única entidade da Umbanda que é aceita em dois rituais diferentes e
opostos: a “Linha das Almas” (caboclos e pretos-velhos) e o ritual do
“Povo de Rua” (Exus e Pombas-Giras).
A Umbanda de Zé Pelintra é
voltada para a prática da caridade - fora da caridade não há salvação -,
tanto espiritual quanto material - ajuda entre irmãos - , propagando
que o respeito ao ser humano, é a base fundamental para o progresso de
qualquer sociedade. Zé Pelintra também prega a TOLERÂNCIA RELIGIOSA, sem
a qual o homem viverá constantemente em guerras. Para Zé Pelintra,
todas as religiões são boas, e o princípio delas é fazer o homem se
tornar espiritualizado, se aproximando cada vez mais dos valores reais,
que são Deus e as obras espirituais. Na humildade que lhe é peculiar, Zé
Pelintra, afirma que todos são sempre aprendizes, mesmo que estejam em
graus evolutórios superiores, pois quem sabe mais, deve ensinar a quem
ainda não apreendeu e compreender aquele que não consegui saber. Zé
Pelintra, espírito da Umbanda e mestre catimbozeiro, faz suas orações
pelo povo do mundo, independente de suas religiões. Prega que cada um
colhe aquilo que planta, e que o plantio é livre, mas a colheita é
obrigatória. Zé Pelintra faz da Umbanda, o local de encontro para todos
os necessitados, procurando solução para o problema das pessoas que lhe
procuram.
Ajudando e auxiliando os demais espíritos. Zé Pelintra é o
médico dos pobres e advogado dos injustiçados, é devoto de Santo
Antonio, e protetor dos comerciantes, principalmente Bares, Lanchonetes,
Restaurantes e Boates, e sempre recorre a Jesus, fonte inesgotável de
amor e vida. Na gira em que Zé Pelintra participa são invocados os
caboclos, pretos velhos, baianos, marinheiros e exus.
A gira de Zé
Pelintra é muito alegre e com excelente vibração, e também disciplina é o
que não falta. Sempre Zé pelintra procura trabalhar com seus camaradas,
e às vezes, por ser muito festeiro, gosta de uma roda de amigos para
conversar, e ensinar o que traz do astral. Zé Pelintra atende a todos
sem distinção, seja pobre ou rico, branco ou negro, idoso ou jovem. Seu
Zé Pelintra tem várias estórias da sua vida, desde a Lapa do Rio de
Janeiro até o Nordeste.
Todavia, a principal história que seu Zé
Pelintra quer escrever, é a da CARIDADE, e que ela seja praticada e que
passemos os bons exemplos, de Pai para filho, de amigo para amigo, de
parente para parente, a fim de que possa existir uma corrente
inesgotável de Amor ao Próximo. Zé Pelintra prega o amparo aos idosos e
às crianças desamparadas por esse mundo de Deus. Se você, ajudar com
pelo menos um sorriso, a um desamparado, estarás, não importa sua
religião ou credo, fazendo com que Deus também Sorria e que o Amor
Fraterno triunfe sobre o egoísmo. ZÉ PELINTRA pede que os filhos de fé
achem uma creche ou um asilo e ajudem no que puder as pessoas e crianças
jogadas ao descaso. Não devemos esquecer que a Fé sem as obras boas é
morta.
Zé Pelintra nasceu no nordeste, há controvérsias se o mesmo
tivesse nascido no Recife ou em Pernambuco e veio para o Rio de Janeiro,
onde se malandriou na Lapa e um certo dia foi assassinado a navalhadas
em uma briga de bar.
Assim, Zé Pelintra formou uma bela Falange de
malandros de luz, que vêm ajudar aqueles que necessitam, os malandros
são entidades amigas e de muito respeito, sendo assim não aceitamos que
pessoas que não respeitam as entidades e a umbanda, digam que estão
incorporados com seu Zé ou qualquer outro malandro e que eles fumam
maconha ou tóxicos; entidades usam cigarros e charutos, pois a fumaça
funciona como defumador astral.
Podemos citar além de Seu Zé
Pelintra, Seu Chico Pelintra, Cibamba, Zé da Virada, Seu Zé Malandrinho,
Seu Malandro, Malandro das Almas, Zé da Brilhantina, João Malandro,
Malandro da Madrugada, Zé Malandro, Zé Pretinho, Zé da Navalha, Zé do
Morro, Maria Navalhada, etc.Os malandros vêm na linha de exú, mas
malandros não são exús!
Ao contrário dos exús que estão nas encruzilhadas, encontramos os malandros em bares, subidas de morros, festas e muito mais.
Salve seu Zé Pelintra!
Salve os Malandros!
Salve a Malandragem!
Sua comida: 7 pedaços de carne seca e carne seca com farofa
Sua Bebida: Cerveja branca bem gelada
Seu Habitat: Subida de Morros, Cemitérios
Sua cor: Vermelho e Branco ou Preto e Branco, ou ainda somente o Preto
PALAVRAS DITAS PELO “SEU” ZÈ :
Sete caminhos andei. Cheguei.
Sete perigos passei. Passou.
Sete demandas venci. Conquistei.
Sete vezes tentaram me derrubar. Mais em pé fiquei.
Sete forças meu Pai Ogum me deu pra levantar e vencer. Mereci e agradeci.
Lute por aquilo que quer.
Erga sua cabeça.
Acredite.
Confie.
Tenha fé
DEUS SALVE ZÉ PELINTRA!DEUS SALVE ZÉ PELINTRA DAS ESTRADAS!
DEUS SALVE ZÉ PELINTRA DAS ALMAS!
DEUS SALVE A MALANDRAGEM!