NOSSA SENHORA DA LIBRADA É A SANTA PADROEIRA DA INDEPENDÊNCIA DA COLÔMBIA ABAIXO SEGUE DADOS HISTÓRICOS SOBRE ESTA SANTA.
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Uma imagem religiosa de obscuras origens medievais tornou-se casualmente objeto de um culto cívico religioso voltado para a construção da memória da Independência da Colômbia. Em meio às políticas de memória ativadas pelo Bicentenário, cabe perguntar pelos esquecimentos e silêncios que são parte constituinte e necessária desse típico lugar de memória.
O desafio do Bicentenário permite relançar a discussão acerca da singular ausência de uma simbólica feminina da Independência na América Latina. Pelo menos na Colômbia, a imagem crucificada de Santa Librada nos sugere algumas novas luzes e também projeta certas nuanças no cenário da memória histórica saturada pelo mito solar bolivariano.
A hagiografia de Santa Librada é muito controvertida. Sua origem seria galaico-portuguesa. Suas relíquias foram levadas de Sainte-Livrade-sur-Lot na Aquitânia a Sigüenza, praça forte retomada aos mouros em 1124, pelo bispo Bernardo de Agen. A representação iconográfica constitui o principal motivo das controvérsias hagiográficas em torno de Santa Librada. As primeiras imagens ligadas às suas relíquias são dois carimbos do século XIII ou XIV, do Priorado de Santa Librada, obra pia feminina ligada à catedral de Sigüenza. Aí estão indicados os atributos das virgens martirizadas pela espada: a palma e o gládio. Antonio Contreras pintou-a com técnica ingênua a óleo sobre madeira em 1511, substituindo a espada por um livro e a coroa por um ramo de louros. Entre 1515 e 1518 foi construída no interior da catedral, por ordem do bispo Fadrique de Portugal, a capela de Santa Librada, na qual foram depositadas as relíquias da santa. Juan Soreda pintou cinco cenas da vida de Santa Librada e suas oito irmãs gêmeas no retábulo maneirista do altar da capela em 1525-1526. Uma das cenas é a decapitação de Santa Librada. Na inauguração da capela, a diocese procurou imprimir um Lecionário do século XII em que constava aVita et Passio Sanctae Liberatae, atribuída ao próprio bispo Bernardo de Agen. Ao que parece, tal iniciativa não se concretizou; mas, entre 1561 e 1566, uma tradução quase integral do texto latino para o castelhano foi divulgada como livro de cordel, provavelmente pelo impressor Sebastián Martínez. A modalidade de martírio de Santa Librada está bem definida numa cópia manuscrita do original latino, feita em 1616: "capitis abscissione martyrium consummavit"
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